quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

BsAs, Ar - Mendoza, Ar

Fiz uma loucura. Encarei 1050km de Buenos Aires até Mendoza. Os primeiros 700km foram uma maravilha, mas depois foi um desalento só. Por quais motivos? Calor e falta de postos de gasolina no caminho. O calor foi quase insuportável. Pra se ter uma noção na entrada da província está escrito: Bem Vindo a Mendoza, terra do sol. O ar que se respira é quente, abrir a viseira do capacete é impossível, senão, os seus olhos são incinerados. Agora imagine este calorzinho amplificado por uma jaqueta de couro, uma calça de cordura, botas de couro e um capacete escamoteável. Pode imaginar, se você não passou por isso não conseguirá chegar nem perto.
Quanto ao posto de gasolina, tudo bem, eu estou exagerando um pouco, afinal cheguei à Mendoza. Mas pela primeira vez a luz de reserva acendeu. E isso é ruim, pois além do risco de pane seca a bomba de combustível pode queimar e aí meu caro, resta sentar e chorar.
É comum ter placas nas estradas anunciando os postos de combustível, mas quando você chega ao local no hay nafta, ou então o lugar está fechado. O outro problema é que o doido aqui resolveu viajar sozinho e com uma moto cujo o tanque tem apenas 14,3L. Isso representa de 280 a 322 litros de gasolina. Acredite, é pouco.
Enfim, a paisagem não é lá essas coisas, os campos de girassóis são belíssimos e as estradas sempre retas são razoavelmente bem conservadas. O dia só foi salvo quando o Aconcágua surge imponente e imenso à sua frente. Aí a viagem vale a pena.
A cidade de Mendoza também é um prêmio. Um primor, aconchegante e tem de tudo, mas mantém uma nostalgia bucólica que muito me apetece.
Ao chegar em Mendoza me dei por satisfeito e decidi que é hora de voltar, no me voy a Chile.
Bom, por hora é isso.

Um comentário: