
Escolhi a rota mais curta para ir até Córdoba, pouco mais de 500km e parei em quase todos os postos que vi, ainda bem que fiz isso, senão eu passaria aperto com combustível.
Parei em um posto destes que só aparecem em filmes de fantasma, a gasolina era bombeada manualmente. O frentista e dono do posto, um velhinho bem simpático, puxou conversa e quis saber pra onde eu ia. Quando eu disse que ia para Córdoba, ele prontamente exclamou: então você vai à Alta Montanha! Eu disse que não, pois aumentaria mais de 200km no trajeto. O velhinho abriu um sorriso vazio e fez uma pergunta dessas que não temos resposta: mas você não está passeando?

A cidade de Carlos Paz é muito simpática e aconchegante, fábricas domesticas de alfajor, pousadas e bares salpicavam o caminho e até agora eu não sei porque eu não fiquei por lá, mas a resposta sempre vem em seguida.


A vista é maravilhosa e lá mó cume você é premiado por um chapadão incrível e tem até alguns pequenos lagos. Eu já falei que a vista é maravilhosa? Desculpe a redundância, mas eu me senti O Cara por estar lá.
Os estabelecimentos no caminho para o Aconcágua é repleto de adesivos de moto clubes e expedições, mas este caminho é diferente. Poucas motos e quase nenhum adesivo, deu pra entender a sensação? Não né? Pois é, só indo mesmo, e de moto.

Mais uma vez fui convidado para ir, mas resisti bravamente a tentação. Acho que os deuses da estrada querem que vá até ao Atacama, quem sabe ano que vem?

Conversando com o Ricardo, descobri que eu me daria mal se tivesse tentado chegar à Santiago pelo Aconcágua, pois não há gasolina pelo caminho.
Na volta ao hotel ajudei ao Júlio e ao Barão a traçar a rota deles, confesso que me senti tentado a aceitar o convite.
Na manhã seguinte passeei por Córdoba e visitei uma igreja gótica lindíssima.
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