O vento sopra no rosto
A lente escura torna o sol amigável
A velocidade não é de acordo com a pressa
Mas de acordo com a cena
O destino é a vontade de sentir o que vem depois da próxima curva
Quanto mais distante da civilização
Mais próximo de mim eu me sinto
Um ar mais puro e com cheiro de verde invade os meus pulmões
Tudo na natureza parece estar sincronizado
Até o caos natural parece harmônico
A única coisa que parece fora de ritmo somos nós
Porque a humanidade insiste em ser desarmônica?
Na exuberância simples da paisagem a minha volta
Eu compreendo que a paz e a felicidade estão dentro de mim
E é preciso reconhece-las na simplicidade que naturalmente todos temos
Neste instante eu entendo que não existe bússola para vida
E que viver não é preciso
Com um suspiro profundo eu encho os pulmões com um pouco mais de ar puro
E entendo que a pressa que eu tenho de ir embora tem de se tornar na paz que eu preciso
Para que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que eu seja paciente para assistir a beleza ser levada pelo tempo
E que eu não queira plastificar a beleza da juventude
Que impede uma outra beleza desabrochar
Aquela beleza da compreensão das coisas e de mim mesmo
E que só o tempo pode trazer.
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